Hoje programei uma viagem ao passado e visitei o top 10 da minha infância viciada em desenhos animados. Comecemos então pelo pai da bd e desenhos animados em geral em Portugal, Vasco Granja viu-nos crescer e nós esperámos horas e horas pela sua presença na caixinha mágica quando ainda só havia um canal de televisão. Logo veio o segundo lá podíamos fazer um zapping de vez em quando porque levantar para ir mudar o botão dava muito trabalho. Os meus preferidos eram os Konieks, desenhos animados de plasticina feitos na antiga Checoslováquia, daí esta rábula que aqui fica do Herman Enciclopédia. Durante os anos oitenta, os pioneiros desta grande arte foram a abelha maia, calimero e fábulas da floresta verde,os quais nós pensávamos ser portugueses e no fim vinha tudo do Japão, até a Heidi!
Mas as produções nacionais também marcaram presença através do inigualável amigos de gaspar, sempre presente nos nossos corações. Da França chegaram os desenhos animados mais didácticos , como o era uma vez a vida. Mais tarde, o polémico Cidades do ouro que nunca chegou a dar em Espanha pelo seu conteúdo explicitamente anti-colonista em relação à América Latina e a esse período conturbado da sua história. clémentine era dos meus preferidos porque, de certa forma, éramos parecidas. Lá para o fim dos anos oitenta, veio o fenómeno dos Estados Unidos e com ele, além da Fame, a coca cola(proibida em Portugal durante a ditadura) os chumaços e as calças de lycra, veio também a Rua Sésamo e com ela os momentos mais hilariantes que agora vos deixo recordar:bananas e vaca.

Além das viagens ficam as sensações.
Todas aquelas que nos despertam um aperto no coração, uma libertação, um regresso ao que julgávamos passado.
E o que fica é uma música, um gosto, um cheiro.
O Mário lembrou-me de uma viagem que fiz a Cuba.
De lá, entre o Habana Club 7 anos trazia o Silvio Rodríguez na bagagem.
Seria uma boa banda sonora para uma viagem a fazer pela América Latina. Aceita-se companhia!

Até lá fica o homem, que sempre me faz chorar pelo grandioso que é.